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10 tendências para a Biblioteconomia na década 2020-2029

  • Publicado: Segunda, 27 de Janeiro de 2020, 13h23
  • Última atualização em Segunda, 27 de Janeiro de 2020, 13h23
  • Acessos: 2346

Por Eduardo Graziosi Silva

Entrando no espírito da iniciativa #BigIdeas2020, apresento abaixo o que acredito que sejam 10 tendências que virão com força na #Biblioteconomia na próxima década. São assuntos que vejo que estão sendo discutidos com mais frequência na área, tanto dentro como fora da Internet, e que, por isso, acredito que devem ser melhor compreendidos se realmente se consolidarem ao longo dos próximos 10 anos.

A ordem de apresentação não tem relação com a ordem de importância dos assuntos.

1. Inteligência artificial (IA)

Algumas aplicações de IA na área de #bibliotecas são:

  • Talk to Books: projeto do Google que permite localizar trechos de livros por meio da IA.
  • Semantic Scholar: mecanismo de pesquisa de revistas científicas por meio da IA.
  • #Alfabetização algorítmica: o Urban Libraries Council (ULC) desenvolve ações de alfabetização algorítmica para instruir a população sobre questões relacionadas ao armazenamento, #privacidade e aplicações de IA à medida que ela se torna onipresente.

2. Drones

Conforme os #drones forem sendo usados para coletar informações de vídeo ou #pesquisa, por exemplo, as #bibliotecas poderão se tornar responsáveis pela gestão das mesmas. Além disso, já existem iniciativas de entrega de #livros com #drones, como aquele oferecido pela empresa de aluguel de #livros didáticos #Zookal e a empresa de serviços de #drones #Flirtey.

Biblioteca Pública de Dubai, por exemplo, também oferece esse serviço: a entrega é feita entre as #bibliotecas ramais da cidade e leva em torno de 30 minutos para pacotes de até 2 kg.

3. Assistentes virtuais

#Alexa, #Siri, #Cortana, #Google Now. Provavelmente você já ouviu alguns desses nomes. As assistentes virtuais já estão presentes nos dispositivos móveis de muitas pessoas. Com a chegada da #Alexa (assistente virtual da #Amazon) no #Brasil, veremos outra geração desse tipo de equipamento.

No contexto das #bibliotecas, já existe uma iniciativa na National #Library of Scotland, conforme anunciado por Stuart Lewis na sua conta do Twitter (um parênteses: o link da skill dessa biblioteca, por algum motivo que até o momento não identifiquei, não está mais disponível na Amazon UK).

4. Blockchain

A descentralização de dados e autoregulação baseada em criptografia e chaves eletrônicas pode ser útil para a solução de desafios enfrentados pela comunicação científica, como #transparência, confiança, reprodutibilidade e crédito, conforme aponta o relatório Blockchain for research; perspectives on a new paradigm for scholarly communication, de Joris Van Rossum.

Para mais informações em português, consulte o texto Cadeia de Blocos ‘Blockchain’ pode ser solução para Comunicação Científica.

5. Espaços de coworking

Vivendo em um mundo Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo (ou simplesmesnte #VUCA), os profissionais têm recorrido ao #empreendedorismo como forma de #trabalho.

Esse cenário pode ser aproveitado pelas #bibliotecas para repensarem seus espaços como forma de oferecer ambiente de #trabalho e #socialização para esses #profissionais, além de oferecer recursos adequados para o desenvolvimento de suas #atividades.

Conheça quatro iniciativas:

6. Privacidade

O uso intenso de diferentes #dispositivos tecnológicos também suscitam muitas questões relacionadas à #privacidade.

Diante disso, as #bibliotecas podem atuar no sentido de ajudar as pessoas a gerenciar sua #privacidade nesses #dispositivos de forma a preservar sua exposição diante dos demais.

Public Library of San José, a Lebanon Public Libraries e os sistemas de #bibliotecas da Brooklyn Public Library, The New York Public Library, e Queens Library já tem iniciativas voltadas para a #privacidade.

7. Mudanças nos modelos de negócios de assinaturas de coleções

O crescente custo das aquisições e assinaturas pelas #editoras levou, no início deste ano, a University of California Library a romper o contrato com a Elsevier, uma das editoras científicas mais famosas do mundo.

Diante disso, a #Universidade ofereceu uma série de recursos em acesso aberto em seu site com fontes de pesquisa alternativas aos recursos anteriormente oferecidos pela #Elsevier.

Muito provavelmente essa foi uma ação que, talvez em um futuro breve, impactará os modelos de negócio das #universidades com as #editoras. E que provavelmente levará a novas discussões sobre modelos de negócios diferentes dos que temos hoje.

8. Mudanças na estrutura organizacional

Em 2019, tivemos no #Brasil a extinção do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP (#SIBiUSP) e a criação da Agência USP de Gestão da Informação Acadêmica (AGUIA).

As atividades desenvolvidas pelo antigo #SIBiUSP foram abarcadas pela Agência, que trabalhará em três frentes: implementação das #bibliotecas polos, criação do Escritório de Apoio ao #Pesquisador e incrementação do #repositório da produção intelectual da #USP, todas voltadas para dar visibilidade à produção científica da #Universidade.

Assim, sendo a #USP um modelo para praticamente todas as #bibliotecas universitárias brasileiras, é possível que nos próximos anos ocorram mudanças semelhantes em outras instituições do país.

9. Aprendizagem invertida

A #aprendizagem invertida é um #método de #ensino no qual os #alunos têm acesso ao #conteúdo antes da #aula na qual o mesmo será apresentado por meio de #videoaulas e/ou outros recursos tecnológicos. No dia da aula, os alunos realizam alguma atividade baseada no #conteúdo.

Este ano um professor me propôs que uma apresentação sobre bases de #dados para sua disciplina fosse realizada de modo "invertido". Foi uma ótima experiência, pois ao invés de apresentar as bases, apenas orientei quanto ao uso.

Considero que esse #método que pode vir a ser cada vez mais utilizado, assim como outros, a exemplo da Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL). Atualmente, é muito fácil os #alunos se dispersarem. Por isso, o uso de recursos tecnológicos e #metodologias de #ensino alternativas podem prender sua atenção.

10. Gestão de dados de pesquisa

Com o crescimento de #pesquisas ao redor do mundo, a disponibilização dos #dados têm favorecido o desenvolvimento mais rápido da #ciência e evitado a duplicação de #dados e #estudos.

A #Universidade Federal de Santa Catarina (#UFSC), por meio de sua #biblioteca universitária, promoveu o "I Seminário de suporte à pesquisa e gestão de dados científicos: panorama atual e desafios" em 2017, ao passo que a #Universidade de São Paulo (#USP), no site do antigo #SIBiUSP, disponibiliza informações e apresenta iniciativas institucionais sobre o assunto.

Com isso, as #bibliotecas universitárias brasileiras dão os primeiros passos para atender essa demanda dos #pesquisadores. Além disso, algumas agências de fomento à #pesquisa também já solicitam o plano de #gestão de #dados como parte da documentação necessária para a apresentação de #projetos.

Alguns itens e exemplos foram coletados da página Trends do Center for the Future of Libraries da American Library Association.

O texto pode parecer um pouco enviesado pelo fato de atualmente eu trabalhar em biblioteca universitária.

Se você trabalha em outro tipo de biblioteca, ou se é bibliotecário em outro tipo de instituição, você acha que existem outras tendências?

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