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Hospital Universitário Bettina Ferro é destaque em revista científica do país

  • Publicado: Sexta, 28 de Junho de 2019, 13h45
  • Última atualização em Sexta, 28 de Junho de 2019, 13h45
  • Acessos: 714

A produção acadêmica do Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza está em plena atividade e conquistando espaços em revistas científicas do país. O artigo intitulado "Transplante de córnea em um hospital de referência no Norte do Brasil", foi escrito pelo ex-residente de Oftalmologia do Bettina e aluno de fellowship em transplante de córnea do HUBFS Pablo Maranhão e publicado pela revista eletrônica Acervo Saúde na segunda quinzena de maio deste ano. O HUBFS é o único hospital 100% Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer o transplante de córnea na região Norte do Brasil e conquistou o mérito em 2017 de chegar ao número de cem transplantes realizados no mesmo ano.

O artigo teve a orientação do oftalmologista e preceptor do Bettina, José Jesu Sisnando, e coautoria de ex-residentes e residentes de Oftalmologia do hospital: Raíssa Tereza Oliveira, Olga Lameira, Fernanda Rodrigues e Leonardo Xavier, e da assistente social, Maria Elisa Freitas. A conclusão foi de que, entre o período de outubro de 2012 a dezembro de 2017, as principais causas de indicação para o transplante de córnea foram úlcera de córnea, leucoma e ceratopatia bolhosa. 

Pablo Maranhão esclareceu que decidiu escrever sobre a série histórica do transplante de córnea, porque tem um apelo social muito forte. "A pessoa precisa do tecido (córnea) e o recebe de alguém que nem conhece, estando nas mãos da família do doador decidir se fará ou não a doação, só aí já tem um grau de importância absurda", enfatizou.

O oftalmologista disse que a valorização do tema se dá pelo motivo de a área da Oftalmologia ser considerado como o mais importante e o Bettina Ferro ser referência regional para a oferta do serviço, implantado quando o atual superintendente do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh, o médico e sociólogo Paulo Roberto Amorim, era diretor do HU. Jesu e Pablo ressaltaram a importância da participação do superintendente e da sua equipe de gestão à época, que se empenharam na instalação do serviço, com o objetivo de amenizar o sofrimento dos pacientes que necessitavam do transplante. 

Artigos - A revista científica deu destaque este ano a mais dois artigos produzidos pelos ex-residentes e residentes de Oftalmologia do Bettina: "Impacto da Excisão do Pterígio na refração objetiva: qual o melhor momento para a correção refrativa?", de Nathalia Sherer e orientação da médica oftalmologista do Bettina, Paula Caluff, tendo como coautores Paula Caroline Fonseca, Rafael Sherer, Fernanda Rodrigues, Graziela Malerba e Olga Lameira. A conclusão do estudo é de que "o período menor de 30 dias após a exérese do pterígio não é o suficiente para receitar óculos, devido à grande variação na refratometria nos pacientes pós-cirúrgicos".  

O outro foi "Estudo dos sintomas visuais na síndrome relacionada ao computador e efeitos dos colírios lubrificantes em funcionários do hospital universitário Bettina Ferro e Sousa", do residente Luiz Ricardo Neves, orientado pelo oftalmologista José Jesu Sisnando. Foi concluído que a Síndrome Visual do Computador (SRVC) se apresentou altamente prevalente na população estudada e ficou comprovada uma associação direta e proporcional entre o número de horas/dia em frente ao PC e a quantidade de sintomas apresentados. Apontou ainda que o uso de colírios lubrificantes reduziu os sintomas relatados, assim como melhorou o desempenho no trabalho.

Como preceptor e médico oftalmologista, Jesu Sisnando entende que o objetivo de um hospital universitário não é somente repassar conhecimento, mas "gerar o máximo de pessoas que possam multiplicar esse conhecimento, para que possa, pelo menos, amenizar os problemas da saúde púbica". Ao mesmo tempo, apontar aos alunos e médicos residentes as possibilidades da vida acadêmica.

Sobre a Ebserh - Vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.

A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 40 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh. O Complexo Hospitalar da UFPA integra a Rede Ebserh desde outubro de 2015.

Confira as publicações aqui

Texto e foto: Edna Nunes – Ascom do Complexo Hospitalar da UFPA/Ebserh.

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