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Comunidade acadêmica prestigia sessão com professor Alysson Leandro Barbate Mascaro

  • Publicado: Sábado, 24 de Agosto de 2024, 14h12
  • Última atualização em Sábado, 24 de Agosto de 2024, 14h12
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As contradições do atual tempo histórico, com base na discussão entre as formações sociais e o modo de produção capitalista, foram alvo de reflexão durante a palestra do professor Alysson Leandro Barbate Mascaro, que é livre-docente em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela Universidade de São Paulo (USP). A sessão, que ocorreu na segunda-feira, 19, no Auditório Setorial Básico II, em Belém, foi mediada pelo professor da Faculdade e no Programa de Pós-graduação em Direito, Saulo Monteiro Martinho De Matos. O evento foi uma realização da Reitoria da Universidade Federal do Pará, por meio da Editora da UFPA (ed.ufpa), com o apoio da Boitempo Editorial.

Tendo como base o seu mais recente livro, Sociologia do Brasil (Boitempo, 2024), Alysson Mascaro propôs aos presentes que praticassem uma leitura crítica a respeito da sociedade atual. Além de docentes e estudantes, prestigiaram o encontro com o autor a editora-chefe da Boitempo Editorial, Ivana Jinkings, responsável pela publicação dos trabalhos de Mascaro; a chefe da Procuradoria Federal junto à UFPA, Fernanda Ribeiro Monte Santo; e o pró-reitor de Extensão, professor Nelson José de Souza Júnior. 

“Insisto na ideia de que o capitalismo tem a mesma forma desde que existe, que é a organização do mundo pela propriedade privada, isto é, pelo regime de acumulação. Dentro deste modo de produção dominante, diferentes formações são possíveis considerando a especificidade do tempo e do espaço. Isso é o que caracteriza, por exemplo, a formação social latino-americana, a formação social europeia etc.”, iniciou  Mascaro.

“Neste sentido, a crítica no tempo atual é sempre pontual, pois há resistência em combater o capitalismo, em colocar em xeque o modo de produção. Em termos concretos, é mais fácil indicar que as instituições liberais precisam ser aperfeiçoadas do que demarcar que o problema são as próprias instituições, que são responsáveis por manter o modo de produção”, completou.

Assim, Mascaro defende que a transformação do mundo deve partir do socialismo e da mobilização popular. “Ainda somos nós e os outros, separados. É preciso transformar essa forma de organização social. A ideia é que possamos tocar, sensibilizar uns aos outros, e que a universidade deixe de ser este saber encastelado para verdadeiramente ser o espaço da crítica, do aprendizado, da igualdade e do compartilhamento de afeto”, disse.

Sobre o autor – Mascaro é autor de diversos livros, como Crítica do Fascismo (2022), Crise e Pandemia (2020), Crise e Golpe (2018) e Estado e Forma Política (2013) – todos editados pela Boitempo Editorial. Seu trabalho mais recente é Sociologia do Brasil (2024), no qual procura sistematizar, historicamente, o pensamento social brasileiro. O professor da USP esteve presente no dia 20 de agosto, no estande da Editora da Universidade Federal do Pará (ed.ufpa), na 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, que ocorre no Hangar – Convenções e Feiras da Amazônia.  

TextoThays Braga – Assessoria de Comunicação Institucional da UFPA

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